A loucura da consciência
Está louco!
É o que me dizem
Ao verem-me passar.
E porquê?
Porque será
Que me tratam assim?
Será porque mantenho,
Ainda apurados, os sentidos
Com que viemos ao mundo?
E porque não consigo
Ficar indiferente
Ao sofrimento de tanta gente?
Acham-me incómodo,
Acham-me convencido,
Chamam-me louco e diferente.
Ah! Se soubessem,
Como a mim, por vezes,
Me apetece ser,
Realmente, um demente!
Manuel Palhares
Odivelas, 15 de Janeiro de 2006.
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