Beira Meu Amor

A Beira foi o grande amor da minha vida. Recebeu-me com seis anos, em Novembro de 1950 e deixei-a, com a alma em desespero e o coração a sangrar, em 5 de Agosto de 1974. Pelo meio ficaram 24 anos de felicidade. Tive a sorte de estar no lugar certo, na época certa. Fui muito feliz em Moçambique e não me lembro de um dia menos bom. Aos meus pais, irmão, outros familiares, amigos e, principalmente, ao Povo moçambicano, aqui deixo o meu muito obrigado. Manuel Palhares

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Localização: Odivelas, Lisboa, Portugal

sábado, março 11, 2006

Do Capri ao Largo Dr. Araújo Lacerda


Saí do Capri pela porta que dá para o Largo do Município e para a Riviera.
Ao chegar ao passeio, viro à direita e passo junto à ouriversaria onde comprei as minhas alianças de casamento.
Foram os meus queridos tios Lurdes e Fernando, meus padrinhos de baptismo, que também convidei para meus padrinhos de casamento, que me deram o dinheiro para as comprar. Eles, para além de tios, eram os padrinhos de baptismo de quase todos os sobrinhos. No meu caso e no do meu irmão, também foram os padrinhos de casamento. E, já agora, também foram os padrinhos de baptismo da minha filha. Eles, os tios-padrinhos, ainda comemoraram os cinquenta anos de casados - as bodas de ouro - com numerosa família à sua volta a mimá-los.
Mas dizia eu, passo junto à ouriversaria e em seguida à casa de produtos para animais que está ao lado, ambas no prédio do Capri. Dirijo-me para o parque de estacionamento que se encontra em frente ao Coverno Civil, onde tenho o carro. Até lá, no prédio ao lado do Capri, que fica em frente à montra lateral do Lar Moderno, ainda passo pelo pequeno snack, pela barbearia - onde aceno ao meu amigo barbeiro que é surdo-mudo e que conheço desde a infância- e preparo-me para virar a esquina do Comitis das bicicletas, sem antes não deixar de parar, por uns momentos, para ver aquela montra que sempre me fascinou desde menino: bicicletas de várias cores, motorizadas, patins, canas de pesca, espingardas, pistolas e respectivos acessórios. Em miúdo, enquanto os meus pais iam tomar café, primeiro à Riviera e mais tarde ao Capri, eu pedia-lhes para me deixarem ficar ali a ver as montras do Comitis e imaginava aventuras sem fim. Finalmente chego à esquina do Comitis e hesito em atravessar a Rua Governador Augusto Castilho para o lado de lá. Parado na esquina, olho para a esquerda. Ali estão, do lado de cá da rua, as traseiras do edifício da Companhia de Moçambique, com o Lar Moderno a ocupar-lhe também metade das montras traseiras - a outra metade era ocupada por uma casa de tecidos e bordados. Depois, as traseiras das Finanças e até à esquina com a Rua do Aruângua, os prédios da Búzi Comercial. Do lado oposto da rua, ainda para a minha esquerda, avisto o recente Monumento aos Pioneiros que ali edificaram o Posto de Aruângua. Em seguida, um edíficio de escritórios, com a Foto Sousa ocupando o seu rés-do-chão. À porta está a linda filha do sr. Sousa, a quem aceno com a mão para lhe roubar um sorriso. Ao lado, o prédio da Casa Carvalho, famosa pelos seus artigos para caça, pesca e outros desportos, com a Pensão Machado, dos pais do meu amigo Zé Mário, instalada no 1º andar. De seguida encontram-se os anexos do Lar Moderno e finalmente, em frente a mim, do outro lado da rua, a Farmácia "?" (há-de haver algum amigo que se vai lembrar do nome). Ao lado da farmácia, a Ouriversaria Comitis, já dando para o parque de estacionamento. Em seguida a Agência de Viagens da Sra.D. Armanda, irmã mais velha do meu amigo Manuel Nunes e mãe do Luís Portugal, infelizmente ambos já desaparecidos. Finalmente, já na parte do prédio que quase encostava à muralha que existia ao fundo do parque de estacionamento, uma casa de cobres e artesanato rodesianos.
E eu aqui, na esquina, sem saber o que fazer. Atravesso ou não atravesso. O dia está quente, o Sol já vai alto e o carro deve estar a ferver. Resolvo não atravessar e aproveito a sombra das arcadas do Governo Civil. Por ali é mais fresco e resolvo ir a pé. Olho para o fundo do parque de estacionamento, para o Posto de Gasolina Shell Rainha Santa, que é dos meus pais, tentando ver se vislumbro a minha mãe que trabalha no escritório do referido posto. A meio das arcadas do Governo Civil deparo com o Sr. Álvaro, motorista do Governador Civil, a quem cumprimento e pergunto pela luz dos seus olhos, uma pequenita que por vezes ele levava para ali e que hoje é a minha amiga Maria da Conceição Alves. Continuo, passo pelo Edifício Tâmega e mesmo ao lado, está o Prédio Vumba, onde moram os meus pais. No 1º andar, o Cartório Notarial da Beira, onde a figura do Sr. Dr. Palhinha não pode deixar de se fazer notar, porque é uma figura de peso, no sentido mais lato da palavra. Na loja deste imóvel encontram-se as instalações dos Transportes Aéreos Portugueses, vulgo TAP. Encosto o nariz à montra e vejo a minha querida amiga e ex-colega Júlia, com quem fui finalista no Liceu Pêro de Anaia em 1964 e que é ali funcionária. Ela vê-me; deito-lhe a língua de fora e ela bate com o indicador na fonte duas ou três vezes e ri-se. Continuo e, no prédio ao lado do Vumba, estão as insatalações da Casa Magalhães, cujo negócio é sobre vidros e afins. Esta empresa é dos familiares dos irmãos Magalhães que tinham sido nossos colegas no Liceu. Em frente, umas antigas casas coloniais que se estendem em profundidade até à muralha e que à face da rua terminam na construção colonial mais típica da Beira: uma casa toda em ferro e zinco, à entrada do Largo Dr. Araújo Lacerda, com o edifício das Obras Públicas em frente, fazendo gaveto para o referido largo.
Quantos de vós, meus caros amigos, não fizeram o exame oral /teórico de condução, aqui, neste edifício?
Desculpem se vos macei com mais esta voltinha, mas a intenção é só recordar e matar saudades.


Manuel Palhares

Odivelas, 11 de Março de 2006.

20 Comments:

Blogger Era uma vez um Girassol said...

Eu não ...que sou coca-cola....!
Só conheço o Capri onde, nas férias, ia aos domingos lanchar com os meus primos da Nova Maceira.
Para mim foi chinês...mas para os beirenses, que sempre foram uns bairristas tramados...devem ter adorado o teu passeio!
Boa memória, Palhares, quem me dera!
Bjs

sábado, março 11, 2006 10:54:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Palhares já "falei" contigo na Beira. Gostei dos bairristas tramados...é verdade!!!
Beijinho pra ti e pro girassol
MManuel

sábado, março 11, 2006 11:49:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Manel
Hoje,domingo,como é costume estive a ouvir os relatos de futebol da metrópole no carro junto á muralha do Beira Terrace. Fui estacionar o carro em frente ao F.L.Simões e fui dar a "tua"volta.A casa de tecidos atraz do Lar Moderno é a Singer e a farmácia é a Ultramar. Passei pela TAP mas a Júlia não estava lá. Um abraço
M.Costa

domingo, março 12, 2006 6:03:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Manel tens de marcar
Com a Cila um encontro
Vossas memórias são d`espantar
Qualquer um neste canto

Ela em LM e tu na Beira
São perfeitos a recordar
Vamos lá à vossa maneira
O nosso País recriar

Têm os nomes na ponta da língua
Conhecem todos os lugares
Não deixam nínguém à míngua
Aqui por estes mares

Com as vossas revelações
Conseguimos um mapa criar
Batem rápidos nossos corações
Da vossa leitura acompanhar

E ao ler-vos, que agonia
Queremos nos transportar
- E para nossa alegria -
Voltar à Terra e ficar.


Beijinhos e boa semana
(deixei-te uma resposta na outra história)

domingo, março 12, 2006 10:10:00 da tarde  
Blogger Manuel Palhares said...

AB,

Tu...não percebeste, nem podias. Mesmo assim, ainda conheceste o famoso Capri e o Largo do Município onde ele se localizava.
É verdade! Éramos muito bairristas.
Boa semana e um beijinho.

Manel

segunda-feira, março 13, 2006 12:02:00 da tarde  
Blogger Manuel Palhares said...

MM,2M, Menina Grande,

E éramos de facto muito bairristas. Defendíamos a nossa Beira com " Unhas e dentes".
Boa semana e um beijinho.

Manel

segunda-feira, março 13, 2006 12:08:00 da tarde  
Blogger Manuel Palhares said...

Costinha,

Então um relato da metrópole no Beira Terrace, ali mesmo junto à muralha. Faço votos que o teu clube tenha ganho. O meu, que é muito grande, e "mora" ao pé de ti ganhou 2-0 aos sadinos!
E depois uma voltinha até ao largo Dr. Araújo Lacerda. Então a loja era a Singer e a farmácia a Ultramar. Sim senhor, muito me contas para avivar este messoro cocuana. Quanto à Júlia, tu queres saber que em Outubro vim a Portugal e encontrei-a no jantar dos papaias - ficou na minha mesa. Agora ela vive lá, em Portugal e já está reformada.
Olha, um abraço e até sempre.

Manel

segunda-feira, março 13, 2006 12:34:00 da tarde  
Blogger Manuel Palhares said...

Coca-Cola,

Que dizer de quem aos amigos, com todo este à-vontade, versejando responde?! Muito bem, formidável, obrigado.
Uma boa semana e um beijinho,

Manel

segunda-feira, março 13, 2006 12:51:00 da tarde  
Blogger Manuel Palhares said...

Laura,

Mais uma menina da Beira africana?! E mais um blog para eu ler, que bom!
Obrigado, boa semna e um beijinho.

Manel

segunda-feira, março 13, 2006 1:08:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Manel
Todos nós somos de certo modo bairrista, quando estava na Beira adorava, fui para Quelimane era a maior, depois estudei em Lisboa acha uma cidade bela cheia de sol, vim para Porto (VIVA ao Porto), aprendi a gostar tanto que em Lisboa já me perco, no Porto também agora, mas aqui é onde agora me sinto bem e nenhuma destas terras foi onde nasci. O coração é grande e à Terra onde vou parar adopto como minha ao fim de criar um pequeno ninho.
Ainda não escrevi muito, mas não me esqueci de ti
E tu do meu blog já o foste visitar, não vi comentário, esse tempo?
Continua a percorrer a Beira que já pouco me lembro.
Tenho uma fotografia de “Vila La Martine”, minha primeira casa na Manga e outra da Igreja que vi construir na missão S. Benedito, Manga, onde passei depois a viver, e algumas nas dunas na praia de areia branca.
Hei-de mandar...
Sobre a Beira como chegas-te no mesmo ano que eu, mas mais crescidinho será que te lembras que antes de se construir o grande paredão havia um ancoradouro de pesca artesanal ao lado de um rochedo que o mar levou?
Estou a vê-lo, pois muita gostava de ver os barquinhos chegar.
Meu tio, Alípio Jaime Gonçalves, foi Juiz na Beira e depois passou a exercer advocacia, sei apenas que o escritório ficava pertinho já do paredão, mas eu lembro que havia uma marginal onde passeava uma rua e... tudo o mar veio buscar por lhe terem tirado o delta (Chiveve) para se espraiar nas marés vivas. Secavam de um lado ele entrava por outro.
O tal Senhor da ourivesaria que falas era grego? Lembraste do nome?
Penso ser o mesmo que era nosso amigo...
Bem já vou longe...
Eu volto.
Um beijinho da Isabel

PS:Como psso meter a minha fotografia?
Só para me sentir mais anónima.

segunda-feira, março 13, 2006 2:29:00 da tarde  
Blogger Manuel Palhares said...

Isabel,

Tens toda a razão minha amiga, tenho sido um ingrato, mas o acidente e a borocracia que se segiu, abalou-me um pouco a saúde.
Passo a responder:
1-Embora se deva reconhecimento à terra onde fazemos a nossa vida, a outra a que nos viu nascer ou para onde crescemos, tem sempre um lugar especial no noss coração, não é?!
2-Devo-te uma visita e um comentário no teu blog.Desculpa!
3- Conhecia bem a Manga e a missão. Ia lá muitas vezes.
4- Quando cheguei à Beira já havia a grande muralha.
5-Lembro-me muito bem do nome Alípio Gonçalves, não por ser de um juíz ou advogado, mas por ser o nome de um estabelecimento comercial, se não estou a confundir tudo.
6- O dono da Ouriversaria era grego e chamava-se Comitis.
7-A tua fotografia só aparece aqui se a colocares no teu blog. É automático.
Uma boa semana eum beijinho,

Manel

segunda-feira, março 13, 2006 3:47:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Manel
1. Tem piada porque Beira teve um impacto enorme em mim, mas Quelimane claro que mais tempo, mas deve ser por ter vivido aos pedacinhos aqui e ali que sinto uma enorme mistura além de ter viajado muito, não só em África como na Europa
2. Não fiques muito preocupado, para que precisa de descansar tens sido pronto nas respostas, mas teu correio electrónico está cheio já devolve, e deu para perceber que não tens mãos a medida, falei por curiosidade.
4. Se não te lembras, a memória vem doutro local.
5. Não Alípio Jaime Machado Gonçalves foi deve ter ido para Juiz na Beira depois de 61 ido do Xaixai, depois de ter estado a exercer em Goa desde 1950.
Depois era conhecido como Advogado por ter alta clientela como a SENA SUGAR e ter sido o “Último Deputado na Assembleia da República representante de Moçambique”.
6. Sr, Comitis isso. Tinha uns dez anos, ele era muito amigo de meu Pai. Um dia fui com ele lá e ele disse quando tiveres 21 anos ofereço-te um anel com um pequeno diamante. O que nunca esquece mesmo sabendo que não era verdade… COMITIS……..
7. Tenho fotografia no blog, não percebo porque não aparece? Mais uma para aprender.
Obrigada.
Boa semana.
Um abração da Isabel

segunda-feira, março 13, 2006 5:43:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olá meu amiguinho Manel!
Antes de mais, parabens pela musica linda que ficava aqui a ouvir toda a noite,linda escolha, pela musica um beijão!
E agora desce as escadinhas do teu Palácio, e vai até Vila Pery me ler... Fico tristinha sem o teu miminho!
Como está a Angêla, e o meu borracho?
Continua, eu sempre passo aqui, na tua rua,olho, te vejo curvado sobre o teclado, e penso, está ocupado! Então, me piro de raspão, mas entes te deixo um beijão!
Andorinha Real

terça-feira, março 14, 2006 12:45:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Manel, tens possibilidade de me passar essa musica que se não estou em êrro´é do Salvatóry Adamo
me diz jinhos~
São

terça-feira, março 14, 2006 1:33:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Manel
Tua amiga tem razão, esta e as outra músicas obrigam-nos a cá passar nem que seja só para a ouvir, o que não o é ocaso.
Que sensibilidade, meu Amigo.
Um bom dia.
Espero que hoje o dia seja melhor.
A crise da burocracia que nos põe em alvoroço todo nosso Ser termine rapidamente.
Não há maneira de nos habituarmos.
Será que posso entrar na página de Vila Pery.
A terra que do Jacarandás a mina predilecta arvore.
Um beijinho da Isabel

terça-feira, março 14, 2006 7:56:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Manel
RIVIERA
Riviera, era esse o nome que me faltava no puzzle das minhas recordações Não tinha certezas
Pois outro com esse nome em Quelimane, havia.
Era muito menina,
Pequenina ainda,
Mas são esses pequenos momentos
Que marcam muito uma vida.
É construída por todos eles.
Como todas as crianças o terror as injecções (ás picas) tinha.
Meu Pai que nos acompanhava,
Com grande sabedoria e carinho
Cada vez que nos acompanhava,
Nos conduzia logo a seguir ao Riviera.
Íamos tomar um leite com chocolate
Uma torrada quentinha.
O sabor e o cheiro ainda o sinto.
Tudo esquecíamos,
Era o mimo especial desse dia
Que passou a ser tradicional,
E o mesmo fiz ao meu menino.
Hoje já um homem
Não dispensa esse momento
Também lhe ficou essa lembrança.
Mas na minha,
Tem mais um nome Riviera.
A melhor confeitaria que na altura havia.
Um beijinho da Isabel

terça-feira, março 14, 2006 8:52:00 da manhã  
Blogger Manuel Palhares said...

Isabel,

Vou tentar responder aos teus três comentários aqui, tipo três em um. Lol!

1- Olha que disparate o meu!!! Então não havia eu de conhecer o Dr.Alípio Gonçalves e a esposa. Foi a empresa de construções do meu pai que lhe construiu a linda moradia que mandou edificar, mesmo ao lado das instalações do Colégio Luís de Camões, cuja directora, a professora D.Alda de Almeida, era também, na altura, juntamente com ele, deputada pela Beira na Assembleia da República.

2- Tens que perguntar o que se passa, a quem saiba, para a tua fotografia aparecer.

3- Obrigado pelas tuas amáveis palavras no que concerne à escolha das músicas.

4- Claro que te podes inscrever em Vila Pery, a minha segunda paixão a seguir à Beira. Dá uma espreitadela aos arquivos de Janeiro e lê o segundo texto que publiquei aqui no blog.
Como é um grupo fechado, no rectângulo em que pedem umas palavrinhas sobre o motivo da inscrição, menciona que és minha amiga, que a Gerência, se assim o entender, pergunta-me se tu és boa menina. Lol!
Já agora, Vila de Manica, no sopé do Monte Vumba, que ficava a oitenta quilómetros de Vila Pery, junto à fronteira com a Rodésia do Sul, era a minha terceira paixão.

5- Finalmente a Riviera. A da Beira e a de Quelimane eram dos mesmos donos: o sr.Pires e o sr. Guimarães, que era o pasteleiro. Mais tarde desentenderam-se e o sr. Guimarães ficou com a de Quelimane e o sr. Pires com a da Beira.
E Isabel, espero ter respondido direitinho a tudo o que comentas ou perguntas.
Um beijinho,

Manel

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Andorinha Real,

Tu sabes muito!
Mas, como sabes, nós todos gostamos imenso de ti. E pára sempre que por aqui passares, porque há sempre tempo para trocarmos umas palavrinhas.
A Ângela vai bem e manda~te beijinhos.
Queres música?! Muito bem. O teu borracho vai tratar disso, se for possível e ele souber. Aguarda que ele chegue a casa e talvez a tenhas ainda hoje.
Um beijinho e um abraço ao Quim,

Manel

terça-feira, março 14, 2006 4:01:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Querido Manuel Palhares,

Estou muito triste. Não consigo escrever os meus comentários ao teu texto!

Serão demasiado longos?

Ao fim de 47 anos tenho a oportunidade de passear contigo pela Baixa da cidade de Beira. Foi uma alegria. Revi tudo com muita nostalgia.

Já por várias vezes digitei neste blog como foi a minha vida, nos dois anos em que lá vivi. E que foram dias muito felizes.

Não digo mais apenas que as tuas qualidades descritivas são notáveis!

Um beijinho com muito carinho, da Aida

segunda-feira, março 27, 2006 2:44:00 da tarde  
Blogger Manuel Palhares said...

Minha querida Aida,

Que bom ver-te de novo por aqui. Como tens verifivado, os teus comentários aqui têm ficado todos. Não sei é se há limite para o tamanho da resposta, mas penso que não.
Que bom "ouvir-te" dizer que foste feliz naquela terra que encantou tanta gente.
As novas ténicas têm destas coisas: permitem que passeemos juntos pela Beira, para lá dos limites do tempo.
Um beijinho carinhoso do amigo,

Manel

segunda-feira, março 27, 2006 3:18:00 da tarde  
Anonymous Conceição Tomás said...

A Farmácia, ao lado do Comitis, era a Farmácia Ultramar. Eu e meus pais morávamos por cima, no último andar.

terça-feira, setembro 07, 2010 11:07:00 da tarde  

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