Lamúrias que lanço ao vento
Querer fazer poesia
Com pressa e de repente,
Tira-me toda a alegria
Torna-me frio e ausente.
Porém não é tão fácil assim,
É mais difícil do que parece.
São raros os momentos em mim
Em que a poesia acontece.
Mas este desejo anormal
De rascunhar e escrever,
É-me necessário e vital
Para que eu possa viver.
Não consigo conciliar
Dentro de mim contradições.
Quando me ponho a observar,
São só penas e desilusões.
Como gostava só de sentir
E não ver nada ao passar.
Não precisava de fingir
E não tinha em que pensar.
Gostava de ser como alguns,
Não me importar com o mal.
Na consciência pesos nenhuns,
Apenas um instinto animal.
Já não faço mais perguntas,
Sobre o porquê do sofrimento.
Agora por mim trespassam,
Lamúrias que lanço ao vento.
Esta ansiedade febril,
Que me agita e não acalma,
Chegou-me num mês de Abril,
Para martirizar minha alma.
Da morte já tive grandes medos.
Agora que a persinto mais perto,
Já não lhe encontro segredos:
Aguardo-a de peito aberto...
Mas antes de eu morrer,
Porque sou simples mortal,
Gostava tanto de ver,
Um rumo para Portugal.
Manuel Palhares
Odivelas, 5 de Outubro de 2005.
2 Comments:
Sem saber que fazer,
onde ir ter
aque porta bater,
aqui parei,
olhei e entrei,
e voltei a ler!
Menina não fiques ai triste
aqui estou eu para te animar...
Recorda os tempos em que já riste,´
anda, vem daí, vem comigo brincar!
Obrigada Manel pelo teu carinho, agora sempre que me encontre perdida, já se,, tomarei este caminho!
Andorinha
Ó meu querido passarinho,
Ó minha doce Andorinha.
Deu-te Deus para nós todos,
Mas eu só te chamo de minha!
Com um grande beijinho do dono deste teu beiral.
Manel
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